Mapa da extensão territorial máxima do Antigo Egito (século XV a.C.).
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O Império Egípcio pode ser dividido em 3 fases:
Antigo Império (3200-2000 a.C.)-
nessa época se deu a conclusão da unificação do reino do norte e o reino do sul do Egito. A partir de 2350 a.C a autoridade de Faraó enfraquece pela ação dos nomarcas, apoiados pela nobreza
Médio Império (2000-1580 a.C.)-
- "O poder do faraó foi restaurado por governantes do Alto Egito. Desta vez o centro administrativo se estabeleceu em Tebas...seguiu-se uma longo período de relativa prosperidade que durou cerca de 400 anos, até a invasão dos hicsos...subjugou o Egito por quase 200 anos. Nesse mesmo período, os hebreus também se instalaram na terra de faraó" (História, Editora Ática, livro do professor,1ª edição 7ª impressão,p.20, 2002)
- "os exércitos hicsos dominaram a região norte do Egito, no delta do Nilo, lá permanecendo por cerca de 170 anos e fixando a capital em Ávaris. (História Geral, Editora Saraiva, 4ª edição p. 26, 1968)
Novo Império (1580-1085 a.C.)
- "mais uma vez a nobreza tebana conseguiu restaurar a unidade política do Egito, expulsando os hicsos. Teve início o Novo Império caracterizado pela expansão militar do Egito. Utilizando táticas militares aprendidas com os hicsos(carros de combate puxados a cavalo) os faraós organizaram poderosos exércitos e invadiram a Ásia, conquistando a Síria e a Palestina" (História Geral, Editora Saraiva, 4ª edição p. 26, 1968)
- "As áreas conquistadas eram transformadas em uma espécie de protetorado: os governos locais eram mantidos no poder, sob o controle de um representante de Faraó"
- "Amosis I (1551-1526 a.C.) completou o trabalho de seu irmão mais velho o rei Kamose, tirando os governadores hicsos do Egito, e no processo invadiu a Palestina....Tutmés I (1505-1493 a.C.) alcançou o rio Eufrates ao norte da Siria ...Tutmos III... conduziu ao menos 16 campanhas na Ásia Ocidental, tornando a Síria-Palestina em província do Egito" (Enciclopédia da bíblia, volume 2 , Editora Cultura Cristã, p. 317, 2008)
- "a partir do séc. XII a. C., teve início um período de enfraquecimento do poder dos Faráos, ocasionado por disputas internas. Desestabilizado o poder central, o Egito sofreu sucessivas invasões, culminando com a conquista do Império pelos Assírios, em 671 a.C." (História, Editora Ática, livro do professor,1ª edição 7ª impressão,p.20, 2002)
Por volta do século XV a.C. a Palestina foi conquistada pelos egípcios, sob o poder de Tutmósis III,e politicamente dividida em cidades-estado. Escapando das mãos do Egito no fim da XVIII dinastia, foi resgatada pelo Faraó Seti I e depois por Ramsés II. Logo depois esse povo perdeu seu vigor e a região foi sendo dominada pelos Povos do Mar, nos últimos momentos do século XIII a.C. Destes povos se destacam os filisteus, que se estabelecem principalmente no sudoeste, instituindo neste local vários reinos, entre eles Gaza, Asdod, Ascalão, Gat e Ekron. Ao mesmo tempo os hebreus, comandados por Josué, também alcançam estas terras, disputando com os filisteus a posse da Palestina. http://www.infoescola.com/historia/palestina/
Por que a Bíblia não menciona o domínio Egípcio na Palestina?
1-Eles reinaram durante o Novo Império, ou seja, após o êxodo [cerca de 1447 a.C.] e por pouco tempo e além disso as áreas que foram conquistadas tiveram seus governantes locais no poder:
2- O fato da bíblia não afirmar o domínio temporário da palestina pelo Egito não implica que a bíblia negou este poderio, este é o antiga falácia do argumento do silêncio. O fato dos antigos governantes serem mantidos dispensaria qualquer menção do domínio Egípcio.
3- O fator Geográfico pode ter sido determinante:
"Também há a possibilidade de que os hebreus não tenham mencionado os egípcios pelo fato de não ter havido contato entre os dois povos. Os egípcios eram mais ativos ao ongo da planície da costa do Mediterrâneo, onde os hebreus raras vezes chegaram a possuir algum trecho. Primariamente, os hebreus ocupavam as colinas da Judéia, da Samaria e da Galiléia (Merece confiança o Antigo Testamento, Vida Nova, p.151, 2004)
MITOLOGIA EGÍPCIA
Os egípcios não tinham um livro sagrado que tivesse um corpo de doutrinas definido. Os mitos e as crenças egípcias passou por um processo de fusão e coordenação ao longo dos séculos.
Suas crenças iam desde os deuses tradicionais (enéades), passando por deuses locais e divindades menores guardiãs de atividades específcas como parto, colheita, amor e até personagens deificados como Imhotep que foi um sacerdote de Heliópolis), Amenófis filho de Hapu (Amenhotep) que foi ministro de Amenófis III; além de faráo que era um deus encarnado.
Suas crenças iam desde os deuses tradicionais (enéades), passando por deuses locais e divindades menores guardiãs de atividades específcas como parto, colheita, amor e até personagens deificados como Imhotep que foi um sacerdote de Heliópolis), Amenófis filho de Hapu (Amenhotep) que foi ministro de Amenófis III; além de faráo que era um deus encarnado.
No princípio existiam as águas do caos, Nun. (Nu, Nau). "Os textos chamam-lhe pai dos deuses, mas ele sempre foi uma simples criação intelectual e nunca teve templos nem adoradores" (Histórias das Mitologias 1, Lisboa: Edições 70, 2006, p. 41)
Atum (Tum, Atumu, Tumu)- tinha como animal sagrado o touro de Mnévis ou a ave Benu. Foi identificado com Rê, o seus solar, daí o nome Atum Ré. Rê(Rá, Phra)-, nome do sol, senhor soberano do céu. Tinha como inimigo a serpente Apófis (Apapi, Apap) que habita no Nilo celeste. Percorrre as 12 horas do dia na sua barca. Rê nasce todos os dias e morre como um velho. Ele era representado como criança, homem com cabeça de carneiro Efu Ré, ou cabeça de falcão Ré Horakhti, enfim lhe atribuiam mais de 75 nomes. Este deus era adorado em Heliópolis na forma de um obelisco gigantesco.
Ré reinou sobre a terra e céu, mas depois de sua velhice se retirou paro o céu. Foi o primeiro Faraó.
Criou por si a Shu e Tefnut. Mais tarde lhe atribuíram duas esposas, Iusas, Nebet Hotep.
Shu (Shou)- é o sustentáculo do céu o qual segura com seus braços, separando assim por ordem de Ré seus dois filhos que eram casados (Nut, o céu e Geb a terra). Era o deus do ar, não recebia culto. Foi o sucessor de Ré como rei na Terra 2º faraó. Mas deixou a terra e foi para o céu, e seu filho Geb foi seu sucessor. Onuris (Inherit, Anherit, Anhur, Enhor, Enhûri) foi identificado com Shu (Onurus Shu) e foi assimilado pelos gregos como Ares. Onuris tinha por esposa Mehit (um possível desdobramento da deusa Tefnut, a deusa representada com cabeça de leoa.
Tefnut- (Tefnet, Tfénet), deusa orvalho ou deusa da chuva. Era representada como leoa ou mulher com cabeça de leoa. Também ajuda seu marido-irmão Shu a sustentar o céu.
O casal gerou Geb (deus da terra) e Nut (deusa do céu), e estes geraram: Osíris, Isis, Set e Néftis.Nut(Neut, Nuit)- deusa do céu, protetora dos mortos. As vezes retratatado como uma vaca. Foi identificada com Reia pelos gregos.
Osíris- primitivamente era deus da vegetação e depois deus dos mortos. Filho mais velho de Geb e Nut. Identificado pelos gregos com Hades e Dionízio. Casou com sua irmã Isis. Instituiu o culto aos deuses e sua litrurgia. Foi o quarto Faraó e ensinou os homens a aprimorar a produção de alimentos, bem como deu leis justas. Era o Nilo,e a luz do sol.
Seu irmão Set o matou por inveja, mas sua esposa encontrou o corpo. Osiris deixou a terra e foi para os Campos Elísios, onde acolhe a alma dos justos e reina sobre os mortos.
Era representado pelo touro Onúfis,, carneiro de Mendes,, o pássaro Benu.
Néftis (Nebert Hotep)- casou-se com seu irmão Seth, mas tem um filho com Osíris (ao embebedá-lo) do qual nasce Anúbis.Participou do renascimento de seu irmão Osíris.
Seth (Set, Sit, Sitou)- chamdo de Tifon pelos gregos. irmão de Osiris e Isis. Assassinou o irmão, para usurpar o trono, ao engana-lo e pô-lo numa arca e que foi parar em Biblos. Isis encontra o cadáver e tem um fllho com ele após revivê-lo, Hórus. Após isso Seth corta o corpo de Osíris em catorze pedaços, todos foram achados exceto seu pênis. Com a ajuda de sua irmã (esposa de Set) Néftis, Tót e Anubis traz Osiris de volta a vida por meio de ritual de embalsamamento, mas este vai viver no além. O texto das pirâmides fazem de Set o irmãode Hórus e não de Osíris.
Sob o domínio dos Hicsos, Seth foi identificado com o deus guerreiro Suktekh, ou Baal. O Pai de Ramsés II chamava-se Set, e Ramsés II designava-se como 'amado de Set'. A partir da do sec. X, sob os reis da XXII dinastia, que Set teve suas estátuas e incrições destruídas e foi assim expulso do panteão, tornado-se simbolo do mal. Era entretanto antes disso era tido como promotor do oásis.
O porco, o asno, o crocodilo, o escorpião e o hipopótamo s]ão animais tifonianos.
"Entretanto sua irmã e esposa de Osíris, Isis, conseguiu reunir os pedaços, realizar a primeira mumificação da história egípicia, reconstituindo o corpo do marido e dele concebendo um filho- hòrus" (Fatos e Mitos no Antigo Egito, p. 54)
Isis (Iset, Esé)- Irmã e esposa de Osíris. Deusa feiticeira que aproveitando-se da senilidade de Rê cria uma serpente venenosa que o fere, e ele incapaz de curar-se recorre a deusa em troca do segredo de seu verdadeiro nome que ela diz que precisa para desfazer o encanto. Assim ela adquire pode até maiores que o do seus solar. Isis representava a terra fértil do Egito, fecundada pela enchente do NIlo. Era a padroeira dos viajantes, a estrela do mar Foi identificada pelos gregos como: Deméter, Hera, Selene e Afrodite. Representada com uma mulher com um trono na cabeça, ou cabeça de vaca, ou um disco na cabeça. Ela com usa popularidade absorveu as qualidades de todas as deusas egípcias. Seu culto se espalhou pelas nações e muitas deusas
Depois da morte de Isis os egípcios a adoravam juntamente com seu marido e irmão...a seguir publicou-se que a alma de Isis foi habitar na Lua, ao passo que a de Osíris se dirigira para o Sol"(Dicionário de mitologia. Tassilo Orpheu Spalding. São Paulo: Cultrix, p. 66)Hórus (Hor, Horos)- Deus do céu (Hor em egípcio)Filho dos irmãos Isis e Osíris. Nasce da união física do cadáver de Osíris com Isis por meio de encantamentos. Ela portanto não concebeu virgem. O texto das pirâmides fazem de Set seu irmão e seu pai Ré, era Horus o Antigo. Era representado como falcão ou cabeça de falcão. Era conhecido com varios nomes: Haroéris,, o antigo; Harakhtês (Horakhti) represetna o sol no seu percurso, e confundiu-se com Ré, de onde vem o nome Ré Horakhti ( Horus do hoirzonte). Set seu adversário em suas lutas arranca um olho de Hórus; Harsiésis (filho de Isis), que se torna Faraó.
"Entretanto sua irmã e esposa de Osíris, Isis, conseguiu reunir os pedaços, realizar a primeira mumificação da história egípicia, reconstituindo o corpo do marido e dele concebendo um filho- hòrus" (Fatos e Mitos no Antigo Egito, p. 54)
"Relata o assassinato de Osíris por seu irmão Seth; Isis e Nephtihys, suas irmãs, conseguem recolher aspartes de seu corpo desmembrado, e Isis, então faz reviver seu marido/irmão por tempo suficiente para engravidar dele. Mais tarde ela dá a luz Hórus" (As religiões no antigo Egito, São Paulo, Nova Alexandria, 2002,p. 61)
"por Hórus, o seu filho póstumo que concebera unido-se ao cadáver do marido, reanimado magicamente por seus feitiços, realizou pela primeira vez os rituais do embalsamamento que conceberam ao deus assassinado um vida eterna" (História das Mitologias 1- Edições 70, 2006,p. 51)Hathor (Hahyr, Athor, Athir)- esposa de Horus; deusa do céu. Os gregos a identificavam com Afrodite. Representada pela vaca. Era a deusa da alegria e do amor. Acolhia os defuntos no outro mundo.
Anúbis (Impu, Anapu)- representado com cabeça de chacal ou cão. Era o quarto filho de Ré segundo o texto das pirâmides. Depois foi feito filho de Osíris e Néftis. Inventor do rito fúnebre, foi ele quem mumificou o corpo de Osíris. Porteiro do palácio de Osiris. Era portanto deus dos mortos. Foi identificado com Hermes Psicopompo.
Ofóis (Upuaut, Uapuait, Aferu)- deus cabeça de lobo. antigo deus guerreiro, piloto da barca do sol, foi também deus dos mortos.
Thot (Thout, Thoth)- na época greco romana adquiriu o nome de Djehuti (Zahuiti, Dhuti), identificado com Hermes, o mesnageiro do céu. deus da sabedoria e das invenções, porta-voz dos deuses.Representado com cabeça de íbis. Na teogonia hermopolitana era o demiurgo universal que tira do Num 8 deuses. No texto das pirâmides era o filho primogênito de Ré ou também filho de Geb e Nut, irmão de Isis,e seus irmãos. Aliado de Osíris e Hórus. Foi o sucessor de Hórus. Era um deus feiticeiro. Foi identificado com Hermes Trimegisto. era também o deus guardião da lua, ou mesmo a lua.
Para supostas ligações entre Horus e Jesus ver http://averacidadedafecrista.blogspot.com.br/2013/08/jesus-o-deus-sol-refutado-zeitzeist.html
Diivndades do nascimento e morte
Tuéris (ta urt)(ipet, Apet, Opet)- deusa da amamentação e protetora da maternidade. deusa com corpo de hipopótamos.
Heqt (Heket, Hiquiti)- deusa que representava o estado embrionário.
Meskhenet(Meskhent, Maskhonit)- deusa do parto e que residia o destino
Hathores- predizem o destino das crianças. eram este deuses em 7 ou 9.
Shai (Shait)- deusa do destino
Renenut (Renenet)- deusa da amamentação. deusa cabeça de serpente ou leão.
Rempet- deusa do ano, da renovamento, da juventude.
Bés- (Besu, Bisu)- deus protetor do parto e guardião do sono, que afasta os maus espíritos e animais nocivos: serpentes, escorpiões, crocodilos
Selkis (Selqet, Selkit, Selk, Selget)- deusa escorpião, protetora da união conjugal, protetora das vísceras(intestino) no embalsamamento que ficavam nos vasos á parte da múmia. Estendia os braços alados nos sarcófagos.
quatro filhos de Hórus que gardavam as vísceras: Amseti (Amsiti, Imset) fígado; Hapi pulmões; Duamutef (Tuméft, Tiumauit) estômago; Kebehsenuef (Qebhsneuf, Kabhsonuf) intestino
Amente(Amenti, Iment) deusa da morada dos mortos, deusa com cabeça uma pluma de avestruz e um falcão.
Mertseger(Marit Sakro) deusa serpente.
Amut monstro hibrido (leão, hipopótamo e crocodilo) que devora os culpados no julgametno na morte
Maat- deusa que pesa os coarações para verificar se é verdadeiro e leve de erros.
Aton, Akenaton e o monoteísmo
Aton- divindade solar representada pelo disco do sol, criada por Acnaton, ou Ikhnaton . Seu antigo nome era Amenotop IV (1372-1354 a.C.)
"Como grande parte dos estudiosos atuais, ele não considera Akhenaton um rei monotéista..." National Geografic Brasil. maio 2017,p. 99
"A própria divindade do rei era enfatizada: o Aton era dito ser seu pai, de quem só ele tinha conhecimento, e eles compartilhavam o status de rei e celebravam jubileus juntos." https://www.britannica.com/place/ancient-Egypt acisso em 09/04/2018
"Não é certo afirmar, como querem alguns, que a doutrina de Aton representasse puro monoteísmo; ela foi tanto quanto outras que a precederam... A única coisa inédita trazida com a criação de Aton, foi o confisco dos bens de Amon; esse fato, provavelmente determinou a rápida queda do culto, que morreu com seu criador. (Dicionário de mitologia. Tassilo Orpheu Spalding. São Paulo: Cultrix, p. 45)
""Ikhnaton não tinha inventado um monoteísmo que não tivesse existido no Egito antes dele, mas quis fazer de sua reforma o fundamento de um novo culto, purificando de todo o erro... ele resolveu acabar com a contradição existente entre o monoteísmo filosófico professado pelas classes instruídas e seu politeísmo prático.." (As religiões do Antigo Oriente. São Paulo: Flamboyant, 1958, p. 34)
"...para o egiptólogo Alexandre Varille, "a revolução de Akenaton foi mais uma reação contra o poder temporal de Amon do que uma modificação profunda da religião. O famoso hino ao sol de Amarna exprime a mesma filosofia unitária de múltiplos textos do mais antigo Egito". Desde o início do período histórico, a religião já estava bastante instituída, refletida e ordenada pelos teólogos. Apresenta uma uniformidade encontrada durante três milênios." http://www2.uol.com.br/historiaviva/reportagens/aton_o_primeiro_deus_unico_do_egito.html acesso em 04/09/2006
"Contudo, Ré nunca abdicara da sua antiga realeza e sob o nome de Ré Horakhti recebia todos os dias, a par de Amon Rê, um culto muito diferente; ...Sob o nome, já antigo, de 'Aton do dia', quer dizer, 'o disco solar de que nasce a luz do dia' , a sua forma visível e o seu verdadeiro nome, vemos então, de fato, Ré Horakhti adquirir nova importância e travar contra seu rival uma luta que deveria terminar alguns anos mais tarde com o descrédito momentâneo de Amom quando, no ano IV ano de seu reinado, o filho e sucessor de Amenófis!!! proclamou a sua grande reforma religiosa e decretou como sendo a única forma oficial a religião de Aton. (Histórias das Mitologias 1, Lisboa: Edições 70, 2006, p.70)
Faraós
"O faráo era a encarnação terrestre do Horo celeste, o deus rei; admitiam, da mesma forma, que o faraó tinha posição especial dos deuses tutelares dos dois reinos primitivos: Necabit ou Necbet, a deusa-abutre do Alto Egito e Uadjit (Edjo), a deusa-serpente do Baixo Egito. A ´partir da V dinastia, certamente sob influencia da doutrina heliopolitana, os reis insistiram especialmente sobre sua origem solar ...proclamavam-se filhos de Ré, isto é, filhos do deus Sol" (Dicionário de mitologia. Tassilo Orpheu Spalding. São Paulo: Cultrix, p. 26
"O faráo era mais que intérprete da vontade divina: ele era um autêntico deus, personificação das divindades solares Hórus e Rá. Era o guardião de Maat, a ordem divina do mundo, e era responsável perante os deuses pela situação do país que lhe havia sido confiado" (Grande História Universal- O princípio da civilização, Barcelona: Folio. 2006, p. 100)
"O Faraó, por seu turno, deve ser pelo menos nomeado entre os deuses do Egito, porque a divindade do rei fazia parte dos dogmas mais antigos. Aliás, para seus súditos ele é o deus do Sol que reina sobre a terra; tem na fronte o uraeus que cospe chamas e destrói os inimigos...ele perpetua a linhagem solar, porque, a cada mudança de rainha, o deus Rê unse-se à nova rainha e gera-lhe um filho que subirá, por usa vez, ao trono dos vivosNos templos, e particularmente nos dia de Núbia, muitos reis antigos e o próprio rei vivo são frequentemente adorados ao lado dos grandes deuses, e podemos assim, por vezes, em cetos quadros, ver o faraó reinante a adorar a sua própria imagem" (História das Mitologias Lisboa: Edições 70, 2006, p. 95)