Zoroastro (Zaratrusta) foi o reformador da religião que o precedeu. A
época em que viveu é duvidosa, mas é certo que seu sistema se tornou a religião
dominante na Ásia Ocidental a partir do tempo de Ciro (550 a. C.) até a
conquista da Pérsia por Alexandre Magno. Ele foi um sacerdote de uma ahura com o epípeto de Mazda (sábio). Aristóteles (384-382 a.C.) faz alusão ao dualismode Zaratrusta
Durante a monarquia macedônia, as
doutrinas de Zoroastro foram consideravelmente corrompidas pela introdução de
elementos estrangeiros, mas recuperaram depois sua ascendência.
Zoroastro ensinava a existência de um ser supremo, que criou dois
outros seres poderosos e dividiu com eles sua própria natureza até o ponto
que lhe pareceu conveniente.
Desses dois, Ormuzd (chamado pelos
gregos Oromasdes) permaneceu fiel ao seu criador e foi considerado a fonte
de todo bem, ao passo que Ariman (Arimanes) rebelou-se e tornou-se o
autor de todo o mal que há na Terra. Ormuzd criou o homem e deu-lhe
todos os recursos para ser feliz, mas Ariman frustrou essa felicidade,
introduzindo o mal do mundo e criando as feras, plantas e répteis venenosos.
Em conseqüência disso, o mal e o bem se misturaram em todas as partes do mundo, eos adeptos de Ormuzd e Ariman passaram a travar uma incessante guerra. De acordo com esta religião chegará a ocasião em que os adeptos de Ormuzd serão
vitoriosos e Ariman e seus sequazes serão condenados às trevas eternas. O livro sagrado é o Zendavesta ou Avesta..
Os ritos religiosos dos antigos persas eram muito simples. Não usavam
eles templos, altares ou imagens, limitando-se a fazer sacrifícios no alto das
montanhas. Adoravam o fogo e o sol, como emblemas de Ormuzd, a fonte de
toda a luz e de toda a pureza, mas não os consideravam como divindades
independentes. Os ritos e cerimônias religiosas ficavam ao encargo de
sacerdotes chamados magos. Os conhecimentos dos magos relacionavam-se
com a astrologia e os encantamentos, em que se tornaram tão célebres, que seu
nome passou a se aplicar a toda sorte de mágicos e feiticeiros.
A religião de Zoroastro continuou a florescer mesmo depois do advento
do cristianismo e no século III era a religião predominante no Oriente, até que
surgisse a religião maometana e a Pérsia fosse conquistada pelos árabes, no
século VII, o que obrigou a maior parte de persas a renunciar à sua antiga fé. Os
que se negaram a abandonar a religião dos seus antepassados fugiram para o
deserto de Querman e para o Hindustão, onde ainda existem, com o nome de
parses, derivado de Pars, denominação primitiva da Pérsia. Os árabes os denominam guebros, de um vocábulo árabe que significa infiel. Em Bombaim, os
parses constituem uma classe muito ativa, esclarecida e próspera, destacando-se
pela pureza de sua vida, honestidade e benevolência. Possuem inúmeros templos
do Fogo, que adoram como símbolo da divindade.
A antiga religião iraniana tem muitos pontos em comum com o Induísmo, até porque o povo Iraniano e Indu tinham ancestrais comuns e falavam o idioma indoariano. Elas tinham em comum o cuto ao fogo, sacrificio por meio de licor sagrado, culto a Mitra e outros deuses comoVaruna, Indra e Nasatyas. Estes dois ultimos aparecem no Avesta como demônios
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